O exame de IgE específico para lagosta espinhosa (F304) é um teste de sangue que mede a presença de anticorpos IgE contra proteínas da lagosta espinhosa  (Panulirus argus). Esses anticorpos indicam se o organismo está sensibilizado a esse alimento, auxiliando na investigação de alergias alimentares.

O exame é utilizado para investigar alergias alimentares mediadas por IgE, especialmente em pessoas que apresentam sintomas após o consumo da lagosta espinhosa. Ele pode ajudar o médico a confirmar ou descartar a alergia e compreender melhor a gravidade da reação.

É indicado para:

• investigar manifestações alérgicas após ingestão de lagosta espinhosa, como urticária, inchaço ou dificuldade respiratória;
  
• confirmar ou excluir a presença de alergia a esse crustáceo;
  
• apoiar o diagnóstico de reações graves, como angioedema ou anafilaxia.

O teste é realizado a partir de uma coleta de sangue simples.

Os resultados são classificados em classes, de acordo com a quantidade de IgE detectada.

• Classe 0: < 0,10 kU/L (não detectável);
  
• Classe 1: 0,10 a 0,69 kU/L (baixo);
  
• Classe 2: 0,70 a 3,49 kU/L (moderado);
  
• Classe 3: 3,50 a 17,49 kU/L (alto);
  
• Classe 4: 17,50 a 49,90 kU/L (muito alto);
  
• Classe 5: 50,00 a 100,00 kU/L (muito alto);
  
• Classe 6: > 100,00 kU/L (extremamente alto).

Os valores de referência podem variar de acordo com o laboratório e a metodologia utilizada.

O exame pode ser solicitado por médicos especializados em alergias ou condições relacionadas, como alergologistas, imunologistas clínicos, pediatras e clínicos gerais. A solicitação deve ser baseada na avaliação clínica do paciente e na suspeita de alergia alimentar específica.

Um resultado na Classe 2 (0,70 a 3,49 kU/L) indica uma sensibilização moderada ao alérgeno. Isso significa que o organismo do paciente produziu anticorpos IgE contra proteínas da lagosta espinhosa, sugerindo uma possível alergia. Entretanto, a confirmação clínica depende da correlação com os sintomas apresentados e da avaliação médica.