É um teste laboratorial que detecta o material genético dos vírus HTLV-1 e HTLV-2 no organismo, por meio de uma técnica chamada PCR (Reação em Cadeia da Polimerase). Esse método é altamente sensível e específico, permitindo identificar, mesmo em pequenas quantidades, o DNA viral presente nas células sanguíneas.

O HTLV (Vírus Linfotrópico de Células T Humanas) é um retrovírus da mesma família do HIV, mas menos conhecido. Existem dois tipos principais: HTLV-1, associado a algumas doenças como a paraparesia espástica tropical (PET/MAH) e a leucemia/linfoma de células T do adulto, e o HTLV-2, que costuma ser menos agressivo, com impacto clínico ainda pouco compreendido.

A principal finalidade é confirmar a infecção pelo HTLV-1 ou HTLV-2, principalmente quando há suspeita clínica ou resultado positivo em exames anteriores, como o teste de triagem por ELISA. O exame por PCR qualitativo também pode ser utilizado no acompanhamento de pacientes infectados, de modo a monitorar a presença do vírus no organismo.

O exame é realizado por meio de uma coleta de sangue venoso, geralmente do braço, de forma rápida, segura e praticamente indolor. Após a coleta, a amostra é enviada a um laboratório especializado em biologia molecular.

O processo não é invasivo, não utiliza radiação e o paciente pode retomar suas atividades normalmente após a coleta. O tempo médio para o resultado costuma variar entre 7 e 15 dias úteis, a depender de cada laboratório.

O exame tem caráter qualitativo, ou seja, o laudo trará como resultado “não detectado” (não reagente) ou “detectado” (reagente). Esse tipo de análise não informa a carga viral e nem a gravidade da infecção. Ele apenas aponta a presença ou ausência do vírus, sendo usado principalmente para confirmação diagnóstica. No entanto, é fundamental que os achados sejam avaliados por um médico.

Médicos de diversas especialidades podem solicitar o exame, conforme o quadro clínico do paciente, entre eles infectologistas, hematologistas, obstetras, neurologistas e clínicos gerais.

Um resultado “não reagente” significa que não foi encontrado material genético do HTLV-1 nem do HTLV-2 na amostra analisada. Esse achado é considerado normal e sugere ausência de infecção ativa.

Já “reagente” indica que foi detectado material genético de um dos vírus  na amostra analisada, o que confirma a infecção. O laudo geralmente especifica qual dos dois tipos foi identificado.

É importante destacar que muitas pessoas com resultado reagente podem permanecer assintomáticas por toda a vida. Além disso, um diagnóstico positivo não significa, necessariamente, que o indivíduo desenvolverá doenças associadas ao HTLV, como leucemias e linfomas. Contudo, o acompanhamento médico regular é importante para monitorar possíveis complicações e orientar medidas preventivas.