É um teste laboratorial utilizado para medir a concentração de cistina presente em uma amostra única de urina. Em condições normais, essa substância é reabsorvida pelos rins. Contudo, quando esse processo é prejudicado, ela pode se acumular na urina, o que aumenta o risco de formação dos cálculos renais (pedras nos rins).

A cistina é um aminoácido não essencial formado a partir da ligação de duas moléculas de cisteína, outro aminoácido presente naturalmente no organismo. Ela participa da estrutura de proteínas e desempenha funções importantes no metabolismo. No entanto, quando eliminada em excesso pela urina, como acontece em pessoas com cistinúria, essa substância tende a se cristalizar.

Este exame é indicado principalmente para investigar casos suspeitos de cistinúria, uma condição genética rara caracterizada pela excreção excessiva de cistina e outros aminoácidos na urina. Além disso, pode ser útil no acompanhamento de pacientes já diagnosticados, ajudando a monitorar a eficácia do tratamento.

O procedimento para realizar o exame é simples e não invasivo: o paciente coleta uma única amostra de urina, geralmente a primeira da manhã, em um frasco estéril fornecido pelo laboratório. Este material é então analisado por métodos laboratoriais específicos para quantificar a concentração de cistina.

Os valores de referência podem variar conforme o método utilizado pelo laboratório. Em geral, níveis normais de cistina na urina são inferiores a 13 mmol por cada mol de creatinina. Valores acima desse limite podem indicar risco aumentado para formação de cálculos de cistina e a possível presença de cistinúria. É sempre importante que a interpretação dos resultados seja feita por um médico.

Médicos de diversas especialidades podem indicar o exame de cistina na urina (amostra isolada), conforme o quadro clínico do paciente, entre eles nefrologistas, urologistas e clínicos gerais.