A elastase fecal é um exame laboratorial que mede a concentração da enzima elastase-1 nas fezes. Esta enzima é produzida pelo pâncreas e permanece estável durante o trânsito intestinal, tornando-se um marcador confiável da função exócrina pancreática.
O teste não é invasivo e é amplamente utilizado para detectar insuficiência pancreática exócrina, especialmente em casos de pancreatite crônica, fibrose cística e outras condições que afetam a produção de enzimas digestivas.

O exame é indicado para avaliar a função exócrina do pâncreas, auxiliando no diagnóstico de insuficiência pancreática. É especialmente útil em pacientes com sintomas como diarreia crônica, esteatorreia (fezes gordurosas), perda de peso e desnutrição. Além disso, é utilizado no monitoramento de doenças como fibrose cística e pancreatite crônica.

O exame é realizado a partir da coleta de uma amostra de fezes do paciente. A amostra é analisada em laboratório para quantificar a concentração de elastase-1. Por ser um teste imunológico, geralmente utilizando o método ELISA, ele oferece alta sensibilidade e especificidade.

Os valores de referência para a elastase fecal estão normais quando acima de 200 microgramas/g de fezes. No entanto, apenas o exame não é determinante para fechar um diagnóstico. Busque o médico solicitante e tire suas dúvidas.

A elastase fecal alta, em geral, não possui significância clínica relevante e indica uma função pancreática normal. Por outro lado, níveis baixos de elastase fecal sugerem comprometimento da função exócrina do pâncreas, podendo estar relacionados a condições como pancreatite crônica, fibrose cística e outros problemas que interferem na produção de enzimas digestivas.

A amostra de fezes frescas deve ser coletada diretamente em um frasco estéril, sem conservantes. Em seguida, é necessário transferir no mínimo 1 grama de fezes para um segundo recipiente estéril, de boca larga, adequado para o exame. A amostra deve ser mantida refrigerada e entregue ao laboratório no prazo máximo de 2 horas após a coleta.

O exame de elastase fecal pode ser solicitado por gastroenterologistas, clínicos gerais ou pediatras, especialmente na investigação de insuficiência pancreática exócrina, como na fibrose cística ou pancreatite crônica.