É um teste laboratorial que quantifica a concentração total de solutos osmoticamente ativos em um líquido corporal, geralmente o plasma, mas também pode ser realizado na urina.

A Osmolalidade é expressa em miliosmóis por quilograma de água (mOsm/kg). Esse parâmetro reflete o grau de diluição ou concentração do fluido corporal e ajuda a entender como o corpo está regulando água e solutos.

O exame é usado para investigar distúrbios do equilíbrio hídrico e eletrolítico, como hiponatremia, hipernatremia ou alterações no volume de água corporal. Também auxilia no diagnóstico de intoxicações por substâncias (como etanol, metanol, etilenoglicol) ao comparar a Osmolalidade Medida com a Osmolalidade Calculada.

Valores alterados podem indicar casos de desidratação, intoxicações, insuficiência renal, síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH) ou distúrbios hormonais que afetam o balanço hídrico.

A coleta costuma se dar por punção venosa para obter amostra de plasma. Em alguns casos, também se coleta urina, especialmente para avaliar a capacidade de osmorregulação renal.

O método laboratorial utilizado é a osmometria (por congelamento ou por pressão de vapor) que mede diretamente a pressão osmótica da amostra. O exame não envolve radiação e é minimamente invasivo (somente a punção de sangue). O prazo para obtenção de resultado varia conforme o laboratório.

Para o plasma, os valores de referência frequentemente aceitos situam‑se entre 275 e 301 mOsm/kg, em adultos. Já para bebês acima dos 30 dias, os valores devem ser acima dos 266 mOsm/Kg.

Este exame pode ser solicitado por nefrologistas, endocrinologistas, internistas, emergencistas e intensivistas, especialmente em casos de distúrbios hidroeletrolíticos, intoxicações metabólicas ou avaliação do equilíbrio hídrico em pacientes críticos.