É uma análise laboratorial que mede os níveis de anticorpos IgE específicos direcionados às proteínas do morango, como a “Fra a 1”. Este exame pertence à categoria de testes radioalergosorventes (RAST), utilizados para identificar sensibilização a alérgenos.

O IgE (imunoglobulina E) é um tipo de anticorpo produzido pelo sistema imunológico em resposta à exposição a alérgenos e infecções. A sigla “F44” se refere ao código do extrato alergênico do morango.

O principal objetivo é investigar reações alérgicas que possam estar relacionadas ao consumo e/ou contato com o morango, de modo a orientar médicos e pacientes acerca de restrições alimentares e cuidados necessários.

O procedimento consiste na coleta de uma amostra de sangue venoso, geralmente retirada do braço. O material é analisado em laboratório para detectar e quantificar os anticorpos IgE específicos contra antígenos do morango.

Ao contrário do teste cutâneo, o RAST não exige que o paciente entre em contato direto com o alérgeno, o que torna o exame mais seguro, especialmente para pessoas com histórico de reações alérgicas graves.

O exame é solicitado quando o paciente apresenta sintomas de alergia após ingestão ou exposição ao morango, como coceira na boca, inchaço nos lábios, urticária, dificuldade para respirar e desconfortos gastrointestinais.

Também pode ser indicado em casos de suspeita da síndrome látex-fruta ou da síndrome de alergia pólen-alimento (SAPA). Nessas condições, há uma reação cruzada entre as proteínas de determinados alimentos, incluindo o morango, e aquelas presentes no látex ou em certos pólens, devido à sua semelhança.

O RAST – Morango (F44) é útil para identificar a alergia ao morango, uma condição imunológica em que o organismo reage de forma exagerada às proteínas desta fruta. Ele ainda pode colaborar na investigação da síndrome látex-fruta e da síndrome de alergia pólen-alimento, também conhecida como síndrome de alergia oral (SAO).

Os valores de referência podem variar de acordo com o laboratório, mas geralmente são considerados “indetectáveis” quando inferiores a 0,10 kU/l. Acima disso, os resultados podem ser classificados como baixo, moderado, alto ou muito alto, de acordo com a concentração de IgE detectada e os critérios estabelecidos para cada classe de reatividade alérgica.

O exame é frequentemente solicitado por alergistas e imunologistas. No entanto, outros médicos especialistas, como pediatras, clínicos gerais e dermatologistas, também podem indicá-lo quando suspeitam de uma reação alérgica.