O exame Galactomanana, Aspergillus, é um teste laboratorial utilizado para detectar a presença do polissacarídeo galactomanana, componente da parede celular do fungo Aspergillus spp., em amostras clínicas como soro ou lavado broncoalveolar. Constitui-se em uma ferramenta essencial no diagnóstico precoce e no acompanhamento da aspergilose invasiva, particularmente em pacientes imunocomprometidos.
Informação importante
Este exame não necessita de agendamento.
O exame Galactomanana, Aspergillus, consiste em um ensaio imunoenzimático (geralmente do tipo ELISA) capaz de identificar fragmentos do antígeno galactomanana liberado pela parede celular do fungo durante sua replicação no organismo. Trata-se de um marcador indireto da presença do Aspergillus, com aplicação clínica principalmente no diagnóstico da aspergilose invasiva.
Este exame é considerado um avanço porque permite detecção precoce, antes de manifestações radiológicas evidentes ou mesmo do isolamento do fungo em cultura, que frequentemente apresenta baixa sensibilidade.
A principal utilidade do exame é o diagnóstico precoce da aspergilose invasiva em pacientes de alto risco, como aqueles submetidos a transplante de medula óssea, receptores de transplante de órgãos sólidos, pacientes em quimioterapia prolongada para leucemias agudas, e indivíduos sob uso prolongado de corticoides ou imunossupressores potentes.
O teste também serve como método de monitoramento terapêutico, auxiliando na avaliação da resposta ao tratamento antifúngico. Além disso, pode contribuir em estudos epidemiológicos e na estratificação de risco em protocolos hospitalares.
A coleta pode ser realizada em amostras de sangue (soro) ou em lavado broncoalveolar (LBA). Após a coleta, o material é submetido ao ensaio imunoenzimático que utiliza anticorpos monoclonais para capturar o antígeno galactomanana. A leitura do resultado é feita por espectrofotometria, resultando em um índice de positividade (índice GM).
É importante que o exame seja realizado em laboratórios especializados, dado o risco de falsos positivos relacionados a antibióticos beta-lactâmicos ou à presença de outros fungos. A análise sequencial de amostras aumenta a acurácia diagnóstica.
É solicitado quando há suspeita clínica de aspergilose invasiva em pacientes imunossuprimidos ou em situações de febre persistente sem foco definido, especialmente em contextos de neutropenia prolongada. Também pode ser solicitado em casos de alterações tomográficas sugestivas (como o “sinal do halo” ou o “sinal do crescente aéreo”) e no monitoramento seriado de pacientes de alto risco internados em unidades hematológicas e oncológicas.
A principal condição detectada é a aspergilose invasiva, que pode comprometer pulmões, seios paranasais, sistema nervoso central e disseminar-se hematogenicamente. Em casos menos frequentes, pode auxiliar na investigação de infecções fúngicas em imunocomprometidos que cursam com lesões nodulares pulmonares de etiologia incerta.
É importante destacar que o exame não substitui métodos complementares, como biópsia, cultura e imagem, mas aumenta significativamente a sensibilidade diagnóstica quando associado a outros critérios.
Os valores variam conforme o kit utilizado, mas geralmente:
É fundamental correlacionar o resultado com achados clínicos, radiológicos e outros exames laboratoriais. O uso seriado do teste aumenta a sensibilidade e especificidade diagnósticas, permitindo melhor acompanhamento da evolução da doença.
Hematologistas, oncologistas, infectologistas, pneumologistas e intensivistas são os principais solicitantes, já que atuam diretamente em populações de risco para infecções fúngicas invasivas. Médicos transplantadores e imunologistas clínicos também podem indicar o exame em protocolos de monitoramento.
Não há necessidade de jejum ou preparo dietético. No entanto, deve-se informar ao laboratório o uso de antibióticos beta-lactâmicos, como a piperacilina-tazobactam, que podem gerar reatividade cruzada e levar a resultados falso-positivos. Em coletas de lavado broncoalveolar, a realização do exame depende de broncoscopia, que requer cuidados prévios específicos orientados pelo pneumologista.
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