É um teste laboratorial que busca identificar a presença de autoanticorpos específicos associados a doenças autoimunes musculares, como a dermatomiosite e, em alguns casos, a polimiosite. Esses anticorpos são produzidos pelo sistema imunológico e atacam proteínas das próprias células musculares, causando inflamação e fraqueza muscular.

O principal objetivo é auxiliar no diagnóstico diferencial das miopatias inflamatórias autoimunes, especialmente a dermatomiosite. Além disso, o teste pode ajudar a avaliar o prognóstico e o acompanhamento da resposta ao tratamento.

O exame costuma ser solicitado quando há suspeita clínica de dermatomiosite ou polimiosite, diante de sintomas como:

• fraqueza muscular progressiva (principalmente em ombros e quadris);
  
• dor muscular e fadiga;
  
• alterações cutâneas características (como manchas avermelhadas ou arroxeadas nas pálpebras e articulações das mãos),
  
• elevação de enzimas musculares no sangue (como CPK).
  

Também pode ser indicado em pacientes com histórico de doenças autoimunes ou para diferenciar tipos de síndromes miopáticas.

O exame é realizado por meio de uma coleta de sangue simples.

O resultado normalmente é expresso como reagente (positivo) ou não reagente (negativo).
Valores negativos indicam ausência de anticorpos detectáveis, enquanto resultados positivos sugerem a presença do autoanticorpo MI-2, o que deve ser interpretado pelo médico junto ao quadro clínico e a outros exames laboratoriais e de imagem.

O exame é geralmente solicitado por reumatologistas, neurologistas ou dermatologistas, profissionais que investigam e tratam doenças autoimunes. Em alguns casos, também pode ser solicitado por clínicos gerais ou imunologistas durante a investigação diagnóstica.