Histonas são proteínas que se associam ao DNA no núcleo das células (na cromatina), ajudando na organização e estrutura do material genético.

Anticorpos anti‑histonas são autoanticorpos produzidos pelo organismo que reconhecem essas histonas. O exame busca identificar esses anticorpos no soro do paciente.

O exame de histona – anticorpos tem como principal finalidade auxiliar no diagnóstico de lúpus induzido por drogas, uma vez que há alta prevalência desses autoanticorpos nesse tipo específico da doença.

Embora não seja exclusivo, também pode contribuir na investigação do lúpus eritematoso sistêmico (LES). Além disso, os anticorpos anti-histonas podem estar presentes em outras doenças autoimunes, como artrite reumatóide, hepatite autoimune, esclerodermia e cirrose biliar primária.

O exame também é útil em casos de suspeita de reações adversas a medicamentos, ajudando a identificar se a causa está relacionada ao uso de alguma substância farmacológica.

O exame é realizado por meio da coleta de uma amostra de sangue, da qual se extrai o soro para análise. Esse soro passa por um processo de preparação e centrifugação, que permite separar os componentes necessários para o teste.

A análise geralmente é feita por um método laboratorial chamado ELISA (ensaio imunoenzimático), ou por técnicas semelhantes que utilizam reações químicas para detectar a presença dos anticorpos específicos.

É importante que a amostra esteja em boas condições, pois o laboratório pode recusar amostras com excesso de gordura (lipêmicas) ou com sinais de destruição das células sanguíneas (hemolisadas). O tempo para liberação do resultado pode variar, mas cada laboratório costuma ter um prazo definido para a entrega.

Os valores de referência variam entre laboratórios. O resultado costuma ser apresentado de forma qualitativa, como “reagente”, “moderadamente reagente”, “fracamente reagente” e “não reagente”.

Os especialistas que solicitam o exame normalmente são reumatologistas, imunologistas, clínicos gerais e hepatologistas.