É um teste laboratorial que mede a concentração da proteína C5 no sangue. Essa proteína faz parte do sistema complemento, um conjunto de proteínas que atuam na defesa imunológica do organismo. Alterações nos níveis de C5 podem indicar deficiência congênita (presente desde o nascimento) ou consumo aumentado dessa proteína, o que pode ocorrer em doenças autoimunes, inflamatórias ou infecciosas.

O exame tem como objetivo avaliar a integridade e a função do sistema complemento, identificando se há deficiência ou consumo anormal da proteína C5. Ele é útil para:

• Investigar imunodeficiências, especialmente em pessoas com infecções bacterianas recorrentes;

• Auxiliar no diagnóstico de doenças autoimunes, como o lúpus eritematoso sistêmico, em que há ativação exagerada e consumo de proteínas do complemento;

• Avaliar distúrbios genéticos raros, em que o organismo não produz corretamente o componente C5;

Monitorar a resposta imunológica em condições que afetam o sistema complemento.

O exame costuma ser solicitado quando o paciente apresenta infecções de repetição, especialmente por bactérias encapsuladas (como Neisseria meningitidis), o que pode indicar deficiência de algum componente do complemento. Também pode ser pedido em casos de doenças autoimunes ou inflamatórias, quando há suspeita de ativação excessiva ou consumo aumentado do sistema complemento.

Além disso, pode ser incluído em investigações imunológicas mais amplas, quando outros exames do complemento (como C3, C4 ou CH50) apresentam resultados alterados.

O exame é realizado por meio de uma coleta de sangue simples.

Os valores de referência podem variar conforme o método e o laboratório, mas, de forma geral, considera-se normal uma concentração entre 7 e 18 mg/dL no soro.

O exame pode ser solicitado por imunologistas, que investigam disfunções do sistema imunológico; por reumatologistas, no acompanhamento de doenças autoimunes como o lúpus; e por infectologistas, em casos de infecções recorrentes suspeitas de deficiência do complemento.

Além desses, hematologistas e clínicos gerais também podem solicitar o teste quando há necessidade de avaliar distúrbios imunológicos ou inflamatórios complexos.

Um resultado com níveis baixos indica deficiência ou consumo excessivo da proteína, podendo ocorrer por deficiência congênita, doenças autoimunes, inflamações ou infecções graves. Isso aumenta o risco de infecções e sinaliza ativação anormal do sistema imunológico, devendo sempre ser interpretado pelo médico junto com outros exames e o quadro clínico.

Um valor alto de complemento sérico C5 é menos comum e geralmente indica aumento da produção ou acúmulo da proteína, o que pode ocorrer em situações de inflamação aguda, infecção ou algumas condições autoimunes em fase inicial. Na maioria dos casos, ele não causa sintomas específicos e precisa ser interpretado pelo médico junto a outros exames do sistema complemento e ao contexto clínico do paciente.