O exame de metanefrinas plasmáticas é uma análise feita no sangue para medir duas substâncias chamadas metanefrina e normetanefrina. Essas substâncias são produzidas quando o corpo quebra hormônios como a adrenalina e a noradrenalina, que são liberados em situações de estresse ou perigo.

Em algumas doenças, como o feocromocitoma ou o paraganglioma (tumores raros das glândulas adrenais ou de nervos próximos), o corpo produz esses hormônios em excesso. O exame ajuda a detectar esse desequilíbrio.

Este exame é utilizado principalmente para investigar tumores que produzem adrenalina em excesso, como o feocromocitoma, além de ajudar a explicar sintomas como pressão alta de difícil controle, palpitações, suor excessivo, dor de cabeça intensa e episódios de ansiedade sem causa aparente.

Também é indicado para acompanhar pacientes que já tiveram esses tumores, verificando se houve recidiva após o tratamento.

Em casos de hipertensão arterial em pessoas jovens ou quando não se sabe a causa da pressão alta, o exame pode ser útil na investigação.

Além disso, em pacientes com problemas renais, ele pode ser preferido em relação ao exame de urina, pois seus resultados não dependem diretamente da função dos rins.

O exame é feito por meio de uma simples coleta de sangue, mas alguns cuidados são importantes para garantir a precisão dos resultados. Antes da coleta, o paciente deve permanecer deitado e em repouso por pelo menos 20 a 30 minutos, para evitar alterações nos níveis das substâncias analisadas causadas pelo estresse ou esforço físico.

Em seguida, o sangue é retirado de uma veia do braço e armazenado em condições especiais, sendo então enviado ao laboratório, onde passa por técnicas avançadas de análise para medir com exatidão as metanefrinas. Trata-se de um exame não invasivo, rápido e seguro, realizado em poucos minutos.

Os valores considerados normais podem variar de um laboratório para outro.

• Metanefrina: até 0,5 nmol/L ou 65 pg/mL.
  
• Normetanefrina: até 0,9 nmol/L ou 196 pg/mL.
  

Resultados acima desses valores podem indicar produção exagerada de adrenalina e sugerir a presença de tumores como o feocromocitoma. No entanto, só o médico pode interpretar corretamente o resultado, levando em conta os sintomas e outros exames.

Os médicos que mais costumam pedir esse exame são: endocrinologistas, cardiologistas, clínicos gerais, oncologistas, urologistas ou cirurgiões especializados em glândulas suprarrenais.