O exame Anti-DNase B é um teste sorológico utilizado para detectar anticorpos produzidos contra a enzima desoxirribonuclease B (DNase B) do Streptococcus pyogenes (estreptococo do grupo A). Ele é fundamental na confirmação de infecções estreptocócicas prévias, especialmente quando a cultura de orofaringe já se tornou negativa, sendo útil no diagnóstico de complicações imunológicas como febre reumática e glomerulonefrite pós-estreptocócica.
Informação importante
Este exame não necessita de agendamento.
O Anti-DNase B é um exame laboratorial que mede a presença e o título de anticorpos específicos contra a enzima DNase B, secretada por cepas de Streptococcus pyogenes. A resposta imunológica a essa enzima indica infecção recente ou passada por esse agente. Diferente do ASLO (antistreptolisina O), o Anti-DNase B pode estar elevado mesmo quando o ASLO está normal, sendo assim um marcador complementar importante.
O exame tem como principal finalidade identificar infecção estreptocócica recente em pacientes que desenvolveram complicações tardias, como febre reumática ou glomerulonefrite pós-estreptocócica. Ele é particularmente útil em casos nos quais o foco inicial da infecção não é evidente ou já foi tratado com antibióticos, impossibilitando o isolamento bacteriano por cultura.
A coleta é feita por amostra de sangue venoso. O soro é analisado por métodos imunoenzimáticos ou de turbidimetria para quantificar o título de anticorpos. Não há necessidade de jejum, mas recomenda-se evitar medicamentos imunossupressores ou antibióticos que possam interferir na resposta imunológica. Em alguns casos, exames seriados são solicitados para acompanhar a evolução dos títulos e confirmar infecção recente.
É indicado na suspeita de complicações imunológicas decorrentes de infecção estreptocócica, como febre reumática, glomerulonefrite aguda, eritema nodoso, artrite reativa ou Coreia de Sydenham. Também é solicitado quando há sintomas sugestivos de infecção estreptocócica prévia, mas a cultura de garganta ou de pele é negativa, especialmente após tratamento antibiótico.
Títulos elevados indicam infecção recente por Streptococcus pyogenes. Em geral, os anticorpos começam a subir de duas a três semanas após a infecção e atingem o pico entre quatro e oito semanas. A persistência de altos títulos pode estar relacionada a infecções recorrentes ou a uma resposta imunológica prolongada. Valores normais não excluem totalmente infecção, pois alguns indivíduos respondem preferencialmente com aumento de ASLO, não de Anti-DNase B.
Os valores de referência variam conforme o método laboratorial, mas geralmente consideram-se normais títulos até 200 U/mL em adultos e até 300 U/mL em crianças. Títulos acima desses limites indicam infecção recente ou ativa. A interpretação deve sempre ser feita em conjunto com outros marcadores sorológicos, como ASLO, e dados clínicos.
O exame pode ser solicitado por clínicos gerais, infectologistas, reumatologistas, nefrologistas e pediatras, especialmente em casos de suspeita de complicações pós-estreptocócicas. A interpretação adequada exige correlação entre os resultados laboratoriais, a história clínica e outros exames imunológicos e infecciosos.
Não há necessidade de preparo especial. No entanto, recomenda-se informar o uso de antibióticos, imunossupressores ou corticoides, que podem alterar a resposta imune. Caso sejam solicitadas coletas seriadas, elas devem ser realizadas com intervalo de duas a quatro semanas para permitir comparação adequada dos títulos.
O prazo pode variar de acordo com a unidade. Por favor, entre em contato com sua unidade de preferência para confirmar o prazo.
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