É um exame laboratorial utilizado para medir a quantidade de plaquetas presentes no sangue, com uma particularidade: a amostra é coletada em um tubo contendo citrato de sódio, uma substância anticoagulante.

Produzidas na medula óssea, as plaquetas são células essenciais para a coagulação sanguínea. Quando os seus níveis estão baixos, há um risco maior de hemorragias prolongadas, enquanto altas quantidades aumentam a chance de problemas circulatórios, como a trombose.

Este exame é geralmente solicitado quando há dúvida sobre a exatidão da contagem de plaquetas feita com EDTA, devido à possibilidade de aglutinação plaquetária, um fenômeno que pode levar a uma falsa baixa contagem de plaquetas (pseudotrombocitopenia). O citrato, ao interferir menos nesse processo, oferece uma leitura mais precisa da quantidade real de plaquetas circulantes.

A contagem de plaquetas no citrato pode ser útil para:

• investigar problemas de coagulação;
• monitorar o tratamento de leucemias e púrpuras;
• acompanhar casos de tromboses e trombocitopenias;
• avaliar a hemostasia (processo natural do corpo para interromper um sangramento), inclusive antes de cirurgias.

O exame é feito a partir da coleta de uma amostra de sangue por punção venosa, geralmente na região do braço. A principal diferença em relação a outros exames de sangue está no tubo utilizado: ele contém citrato de sódio, um anticoagulante que ajuda a preservar as plaquetas sem causar sua agregação. Após a coleta, o material é encaminhado ao laboratório, onde passa por análise detalhada.

Os valores de referência podem variar entre os laboratórios, mas de forma geral, a faixa considerada normal é de 150.000 a 400.000 plaquetas por microlitro (µL) de sangue. Níveis abaixo ou acima desse limite devem ser avaliados por um médico, considerando o histórico clínico do paciente e outros exames laboratoriais.

Médicos de diversas especialidades podem solicitar o exame de contagem de plaquetas no citrato, conforme o quadro clínico do paciente, entre eles clínicos gerais, hematologistas, reumatologistas e pediatras.