O exame de beta hCG é um teste que mede a presença e os níveis do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG) no organismo, produzido principalmente durante a gravidez para a formação da placenta. No entanto, ele também pode ser liberado devido a algumas condições médicas, como tumores ovarianos.

Em ambiente apropriado, um profissional da saúde coleta uma amostra de sangue, geralmente da veia do braço, que é enviada ao laboratório para análise. Existem duas formas principais de realizar o exame de beta hCG.

• Quantitativo: consiste em medir os níveis exatos de hCG no organismo. É mais sensível e utilizado em casos como diagnóstico precoce de gravidez ou em acompanhamento médico detalhado.
• Qualitativo: este método identifica apenas a presença ou a ausência do hormônio no corpo, usado principalmente em testes de gravidez de farmácia, mas também pode ser feito em laboratório.

Embora mais prático, o teste de urina de farmácia é menos sensível que a análise sanguínea e pode levar mais tempo para detectar níveis iniciais de hCG. Seguir as orientações médicas sobre o momento ideal para cada exame é fundamental.

O exame pode ser feito para uma série de finalidades.

Confirmação da gestação: é utilizado para verificar se uma pessoa está grávida, já que o beta hCG é produzido logo após a fertilização.

• Acompanhamento da gravidez: o exame quantitativo pode ser realizado em série para avaliar a evolução da gestação, de modo a verificar se os níveis de hCG estão aumentando adequadamente.
• Detecção de complicações: o teste ajuda a identificar gestações ectópicas (quando o embrião se implanta fora do útero) e abortos espontâneos.
• Avaliação de fertilidade: o exame pode ser parte da investigação da dificuldade para engravidar.
• Monitoramento de tumores: níveis elevados de beta hCG podem indicar alguns tipos de neoplasias, como tumores de células germinativas e coriocarcinoma, sendo o exame utilizado para acompanhar os tratamentos.

Essas aplicações tornam o exame beta hCG uma ferramenta importante na prática médica.

Os principais sinais que podem levar à solicitação do exame de beta hCG incluem:

• atraso menstrual;
• náusea e vômito frequentes;
• cansaço excessivo sem causa aparente;
• alterações nos seios, como aumento de tamanho ou sensibilidade;
• sangramentos vaginais fora do período menstrual.

Além disso, sintomas relacionados a possíveis complicações, como dor pélvica intensa ou suspeita de gravidez ectópica, também justificam a realização do teste.

O beta hCG quantitativo mede a concentração exata do hormônio no sangue. Os valores podem ser comparados a tabelas de referência para estimar a idade gestacional, especialmente nas primeiras semanas.

Sim, pode ocorrer falso positivo em casos como:

• uso de medicamentos para fertilidade que contenham hCG;
• presença de certos tumores ou doenças;
• anticorpos interferentes no teste.

O beta hCG pode ser feito a partir de 1 dia de atraso menstrual. Em alguns casos, ele já pode ser detectado cerca de 8 a 10 dias após a ovulação.

Os valores variam conforme a idade gestacional.

• Não grávida: menos de 5 mUI/mL;
• 1-2 semanas: 16-156 mUI/mL;
• 4-5 semanas: 850-20.800 mUI/mL.

Sim, um resultado inconclusivo ocorre quando o valor está entre 5 e 25 mUI/mL. Nesse caso, o teste deve ser repetido após 48 horas para verificar a evolução do hormônio.

Sim, é confiável para indicar se há ou não gravidez. Porém, o quantitativo é mais preciso, pois informa a concentração do hormônio e pode estimar a idade gestacional.

O exame de beta hCG é considerado seguro e não apresenta contraindicações. Os únicos efeitos adversos estão relacionados à coleta de sangue, como dor no local da punção e surgimento de hematomas.

Diversos médicos especialistas podem solicitar o exame de beta hCG, a depender do contexto clínico, como ginecologistas, obstetras, oncologistas e clínicos gerais.