Este exame é utilizado para medir a quantidade de uma proteína chamada beta-2-microglobulina presente na urina.

Essa proteína é produzida por diversas células do corpo, principalmente as do sistema imunológico, e costuma circular no sangue em pequenas quantidades.

Em condições normais, os rins filtram essa substância e reabsorvem quase toda ela. No entanto, quando há algum problema nos túbulos renais (estruturas responsáveis por essa reabsorção), a proteína pode começar a aparecer em níveis mais altos na urina.

Por isso, o exame é útil para avaliar a função dos túbulos renais e auxiliar na identificação precoce de qualquer alteração no funcionamento dos rins.

Este exame é utilizado principalmente para avaliar a saúde dos rins, especialmente a função dos túbulos renais. Também pode ajudar a identificar problemas como:

• doenças renais em estágios iniciais;
  
• rejeição de transplante renal;
  
• doenças do sangue, como mieloma múltiplo e leucemia;
  
• infecções virais crônicas, como HIV.

A análise é feita a partir de uma amostra isolada de urina. Não é necessário jejum, mas é importante seguir corretamente as orientações de coleta para garantir a precisão do resultado.

Os valores considerados normais podem variar um pouco conforme o laboratório, mas  na urina isolada os valores geralmente vão de 0,25 a 0,30 mg/L.

Quando os níveis dessa proteína estão aumentados na urina, pode ser um sinal de que há algum problema nos túbulos dos rins, como por exemplo:

• lesões nos rins (inclusive por uso de medicamentos tóxicos);
  
• infecções virais crônicas (como HIV ou hepatites);
  
• doenças autoimunes, como lúpus;
  
• doenças do sangue, como linfoma ou mieloma múltiplo;
  
• exposição a metais pesados;
  
• rejeição de transplante renal.

Quando a beta-2-microglobulina aparece em valores baixos ou indetectáveis na urina, geralmente não há motivo de preocupação. Isso é considerado normal, já que a maior parte da proteína é reabsorvida pelos rins em situações saudáveis.

A investigação de beta-2-microglobulina elevada pode ser solicitada por qualquer médico, mas na prática está mais relacionada a especialistas como o nefrologista, quando há suspeita de doença renal, o hematologista, em quadros como linfomas e mieloma múltiplo, o oncologista, para estadiamento e acompanhamento de alguns cânceres, e o infectologista, em doenças infecciosas crônicas como o HIV.