O everolimus, também conhecido pelo nome comercial Certican®, é um imunossupressor utilizado principalmente para prevenir a rejeição em transplantes de órgãos sólidos, como rim e coração. Ele atua inibindo a proliferação de células do sistema imunológico, ajudando a proteger o órgão transplantado. O exame de everolimus mede a quantidade deste medicamento no sangue total.

A dosagem de everolimus é essencial para:

• garantir que os níveis do medicamento estejam dentro de uma faixa terapêutica, segura e eficaz;
  
• ajustar a dose conforme a necessidade do paciente;
  
• identificar interações medicamentosas que possam alterar a concentração do everolimus;
  
• detectar sinais de toxicidade, como alterações renais, hepáticas ou hematológicas.

O exame é realizado por meio de uma coleta de sangue simples.

Os resultados do exame de everolimus devem ser interpretados dentro do contexto clínico do paciente, considerando o uso do medicamento para prevenção de rejeição em transplantes.

• Nível terapêutico: entre 3,0 e 8,0 ng/mL, que garante eficácia na prevenção da rejeição e segurança do paciente.
  
• Nível tóxico: acima de 12,0 ng/mL, o que pode aumentar o risco de efeitos adversos, como alterações renais, hepáticas ou hematológicas.
  

É fundamental que a interpretação dos resultados seja feita pelo médico responsável pelo acompanhamento do transplante ou pelo especialista que prescreveu o medicamento.

Não. Embora ambos sejam imunossupressores usados em transplantes, cada medicamento possui metabolismo e características diferentes, e, portanto, os exames de dosagem são distintos.

O exame pode ser solicitado por cardiologistas, nefrologistas, clínicos gerais e médicos transplantologistas, para acompanhamento geral de pacientes em uso de imunossupressores.

Ter os níveis de everolimus abaixo da faixa terapêutica indica que a quantidade do medicamento no sangue não é suficiente para exercer seu efeito imunossupressor de forma adequada. Isso pode acarretar:

• risco aumentado de rejeição do órgão transplantado, já que o organismo  pode atacar o enxerto;
  
• necessidade de ajuste da dose para alcance da faixa terapêutica adequada;
  
• possível influência de interações medicamentosas, alteração na absorção ou na metabolização do everolimus.
  

É importante que níveis baixos sejam avaliados pelo transplantologista ou especialista responsável, que poderá ajustar o tratamento com segurança e acompanhar a resposta clínica do paciente.