É um teste laboratorial utilizado principalmente para detectar infecções bacterianas no organismo e monitorar a resposta ao tratamento com antibióticos. A procalcitonina é uma substância naturalmente produzida em níveis muito baixos, mas que pode aumentar rapidamente diante de uma infecção bacteriana grave, especialmente quando as bactérias entram na corrente sanguínea.

Este exame é solicitado em diferentes contextos:

• Identificar infecções bacterianas e diferenciá-las de infecções virais;
• Avaliar a gravidade da infecção, como na sepse e no choque séptico;
• Apoiar decisões clínicas sobre iniciar, manter ou interromper o uso de antibióticos;
• Monitorar a resposta ao tratamento antibiótico;
• Auxiliar no diagnóstico de coinfecções, ou seja, de infecção por vírus e bactérias ao mesmo tempo.

A dosagem de procalcitonina é feita por meio de exame de sangue, geralmente sem necessidade de preparo prévio. A coleta é simples e rápida, e o tempo para o resultado pode variar conforme o laboratório.

Em condições normais, a concentração de procalcitonina no sangue é muito baixa, geralmente inferior a 0,05 ng/mL. Resultados a partir de 0,1 ng/mL são indicativos de infecção.

Resultados superiores a 0,5 ng/mL geralmente apontam para infecções mais graves, como meningite bacteriana ou sepse — condição em que a infecção já atingiu a corrente sanguínea. Quando os níveis ultrapassam 2,0 ng/mL, podem estar associados a quadros críticos, como endocardite aguda ou choque séptico, exigindo avaliação médica imediata.
Os valores de referência podem variar entre laboratórios e devem ser interpretados junto a outros exames e ao quadro clínico do paciente. O limite também depende da doença investigada.

O exame de procalcitonina pode ser solicitado por diversos especialistas, dependendo do quadro clínico do paciente. Em geral, médicos como clínicos gerais, infectologistas, intensivistas, pneumologistas e urgentistas utilizam esse exame quando há suspeita de uma infecção bacteriana mais grave, como uma pneumonia ou até mesmo sepse. Ele é especialmente útil para diferenciar infecções bacterianas de virais e para ajudar na decisão sobre iniciar ou suspender o uso de antibióticos. Por isso, é bastante comum em ambientes hospitalares e em unidades de pronto atendimento.