A dosagem da enzima 5 nucleotidase (5’-NT) é um exame bioquímico utilizado para avaliar a integridade e a função hepática, especialmente na diferenciação entre doenças hepáticas e ósseas que cursam com elevação da fosfatase alcalina. É um marcador enzimático específico de colestase e lesão hepatobiliar, sendo essencial no diagnóstico diferencial de patologias hepáticas e biliares.
Informação importante
Este exame não necessita de agendamento.
O exame de 5 nucleotidase mede a atividade desta enzima presente nas membranas celulares, particularmente nos hepatócitos e nas células do trato biliar. A 5’-NT catalisa a hidrólise de nucleotídeos, participando do metabolismo de nucleotídeos de purina. Sua elevação sérica está relacionada à obstrução biliar ou à destruição celular hepática, refletindo no aumento da permeabilidade das membranas hepatocelulares.
A principal aplicação do exame é o diagnóstico diferencial entre elevação de fosfatase alcalina de origem hepática ou óssea. Quando ambos os marcadores estão aumentados, mas apenas a 5’-NT se eleva, indica comprometimento hepático. Além disso, o exame auxilia na identificação de doenças colestáticas, hepatites, cirroses e tumores hepáticos primários ou metastáticos.
A análise é feita por meio de amostra de sangue venoso, colhida geralmente sem necessidade de preparo especial. O soro é processado em laboratório com métodos colorimétricos ou cinéticos para quantificar a atividade enzimática. A precisão depende do controle rigoroso de temperatura e do uso de reagentes padronizados, dada a sensibilidade da enzima às condições analíticas.
O exame é indicado na investigação de icterícia, colestase, hepatomegalia e elevação inexplicada de enzimas hepáticas. Também é solicitado quando há suspeita de obstrução biliar (por cálculos, tumores ou estenoses), hepatite medicamentosa, infiltrações hepáticas (como linfoma e metástases) e doenças colestáticas crônicas, como cirrose biliar primária e colangite esclerosante.
Valores elevados indicam comprometimento hepatocelular ou colestático. Quando a 5’-NT está aumentada juntamente com a fosfatase alcalina e a gama-glutamiltransferase (GGT), há forte sugestão de origem hepática. Já níveis normais, mesmo com elevação da fosfatase alcalina, sugerem causa óssea, como doença de Paget ou metástases ósseas. A interpretação deve ser sempre correlacionada com o perfil hepático completo e achados de imagem.
Os valores de referência variam conforme o método laboratorial, mas normalmente situam-se entre 2 e 17 U/L em adultos. Em crianças e gestantes, pequenas variações podem ocorrer. O ideal é que a análise seja feita em conjunto com outros testes de função hepática (AST, ALT, GGT, bilirrubinas e fosfatase alcalina) para uma interpretação clínica integrada.
O exame pode ser solicitado por clínicos gerais, hepatologistas, gastroenterologistas e infectologistas, conforme o contexto clínico. A interpretação deve ser feita por um médico com conhecimento em função hepática e metabolismo enzimático, capaz de correlacionar os achados laboratoriais com os sintomas e exames complementares do cliente.
Geralmente não há necessidade de jejum, mas recomenda-se evitar álcool e medicamentos hepatotóxicos nos dias que antecedem a coleta, pois podem alterar a atividade enzimática. Em casos de acompanhamento terapêutico, é importante manter o mesmo horário e condições de coleta para comparabilidade dos resultados.
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