É um exame microbiológico realizado a partir de um swab nasal que tem como objetivo detectar a colonização por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA). Este microrganismo, multirresistente a antibióticos, é um dos principais causadores de infecções hospitalares graves, como pneumonias, sepse, endocardites e infecções de pele e partes moles. O exame se baseia na coleta do material da mucosa nasal, cultivo em meios seletivos e identificação bacteriana, seguida de testes de sensibilidade antimicrobiana.

Serve para detectar indivíduos colonizados pelo MRSA, mesmo que assintomáticos, permitindo adotar medidas de isolamento, tratamento ou descolonização. É fundamental para controle de infecção em hospitais, rastreio em pacientes de risco (como os internados em UTI ou submetidos a cirurgias de grande porte) e monitoramento de profissionais de saúde que possam ser carreadores do microrganismo.

O exame é realizado por meio da introdução de um swab estéril na mucosa de ambas as narinas, coletando células e secreções locais. O material é encaminhado ao laboratório, onde é cultivado em meios seletivos apropriados (como ágar cromogênico ou meios contendo antibióticos seletivos) para permitir a identificação de MRSA. O resultado é confirmado por testes microbiológicos de sensibilidade a antimicrobianos, incluindo métodos automatizados ou difusão em disco.

É solicitado em situações como:

• rastreio de pacientes internados em UTIs, principalmente antes de procedimentos invasivos;
  
• pré-operatório de cirurgias cardíacas, ortopédicas ou neurológicas;
  
• investigação de surtos hospitalares de infecção por MRSA;
  
• monitoramento de profissionais de saúde em ambientes críticos;
  
• programas de controle de infecção hospitalar em instituições de saúde.

O exame não diagnostica diretamente doenças, mas identifica a colonização pelo MRSA, que é fator de risco para o desenvolvimento de infecções como:

• pneumonia hospitalar;
  
• sepse e bacteremia;
  
• infecções de pele e tecidos moles;
  
• infecções pós-operatórias;
  
• endocardite infecciosa.

O exame é qualitativo, com resultado expresso como “ausência de crescimento” (negativo para MRSA) ou “crescimento de Staphylococcus aureus resistente à meticilina” (positivo). Em alguns casos, pode ser informado o perfil de sensibilidade antimicrobiana.

O exame pode ser solicitado por infectologistas, intensivistas, cirurgiões, médicos hospitalistas, clínicos gerais e equipes de controle de infecção hospitalar.

É realizado em laboratórios de microbiologia clínica, hospitais e centros de referência em infectologia que disponham de infraestrutura para cultivo bacteriano e testes de resistência antimicrobiana.