O exame ASLO (antiestreptolisina O) é um teste laboratorial que mede a presença de anticorpos contra a estreptolisina O, uma toxina produzida pela bactéria Streptococcus pyogenes (estreptococo do grupo A). A presença elevada desses anticorpos no sangue indica uma infecção recente ou passada por essa bactéria.

O exame é utilizado para:

• detectar infecção estreptocócica recente;
  
• auxiliar no diagnóstico de complicações pós-infecciosas, como febre reumática e glomerulonefrite;
  
• monitorar a resposta imunológica a infecções por estreptococo do grupo A;
  
• diferenciar causas infecciosas de dores articulares ou cardíacas.

O exame é realizado por meio da coleta de uma amostra de sangue venoso. A amostra é analisada em laboratório para medir os níveis de anticorpos antiestreptolisina O.

O exame é indicado quando há suspeita de complicações decorrentes de infecção por estreptococos, como:

• febre reumática (inflamação das articulações e do coração);
  
• glomerulonefrite (inflamação nos rins);
  
• histórico recente de faringite estreptocócica não tratada adequadamente;
  
• sintomas articulares, cardíacos ou urinários que sugerem infecção prévia por estreptococo.

O exame não detecta a infecção ativa, mas indica exposição recente ao estreptococo. Ele auxilia no diagnóstico de:

• febre reumática, complicação autoimune que pode afetar articulações, pele, cérebro e coração;
• glomerulonefrite pós-estreptocócica, inflamação renal causada por resposta imune a infecção estreptocócica;

Outras condições inflamatórias associadas à infecção prévia pelo Streptococcus pyogenes.

Os valores de referência podem variar conforme o método laboratorial, mas em geral:

• valores abaixo de 200 UI/mL são considerados normais em adultos;
  
• valores acima desse limite sugerem exposição recente ao estreptococo;
  
• níveis muito elevados indicam resposta imune ativa e possível complicação pós-infecciosa.

O exame pode ser solicitado por:

• clínico geral, para avaliação de sintomas gerais ou infecção prévia;
• reumatologista, em casos de febre reumática ou dores articulares persistentes;
• nefrologista, quando há suspeita de complicações renais pós-infecciosas;
• pediatra, em crianças com histórico de amigdalite ou faringite estreptocócica;
• cardiologista, quando há suspeita de envolvimento cardíaco em febre reumática.