Este exame é um teste de IgE específica sérica direcionado às proteínas do leite de vaca. Ou seja, ele mede no sangue se há anticorpos IgE formados contra componentes do leite (como caseína, alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina).

O exame serve para detectar a sensibilização imunológica, por meio da IgE, às proteínas do leite de vaca, o que pode estar associado à alergia IgE-mediada ao leite.

Ele também auxilia no diagnóstico diferencial entre alergia alimentar e outras causas de sintomas gastrointestinais, dermatológicos ou respiratórios que ocorrem após a ingestão de leite. Além disso, permite acompanhar a evolução da alergia ao leite e monitorar se a sensibilização diminui com o tempo.

Em determinados casos, pode ser utilizado em conjunto com outros testes, como o teste de provocação oral, para confirmação diagnóstica. É importante destacar que a presença de IgE detectável não significa, necessariamente, que o paciente apresentará reações clínicas severas, assim como a ausência de IgE não exclui completamente a possibilidade de uma alergia não-IgE mediada.

O exame é feito por meio de uma simples coleta de sangue realizada no laboratório. A amostra é analisada para verificar se o organismo produziu anticorpos específicos (IgE) contra as proteínas do leite.

Esse processo é feito com técnicas especiais que ajudam a identificar possíveis alergias. O resultado costuma ficar pronto em alguns dias, geralmente entre 3 a 5 dias úteis, dependendo do laboratório. É um exame seguro, não invasivo além da picada da agulha, e não envolve radiação.

Os valores de referência podem variar conforme o laboratório e o método utilizado.

Por exemplo, em um painel de IgE específico a proteínas do leite (método FEIA/ImmunoCAP), já se observou esta correlação:

• 0,10 a 0,70 kU/L — sensibilização baixa.
  
• 0,71 a 3,50 kU/L — sensibilização moderada.
  
• Acima de 3,50 kU/L — sensibilização alta.
  

Cada relatório de laboratório deve trazer o valor de referência adotado por aquele local e ao método usado. É importante lembrar que apenas um profissional especializado pode fechar o diagnóstico.

• Alergologista / Imunologista: especialistas mais comuns para investigação de alergias alimentares.
• Pediatra: em casos suspeitos de alergia ao leite em bebês ou crianças.
• Gastroenterologista pediátrico: se houver sintomas digestivos persistentes ou complexos.
• Dermatologista: em casos de manifestações cutâneas sugestivas de alergia alimentar associada.

Outros médicos que investigam sintomas alérgicos (ex: reações respiratórias, anafilaxia) também podem solicitar esse exame.