O VDRL é um exame que detecta antígenos presentes no organismo de pacientes com sífilis. Ele é chamado de “teste não treponêmico”, já que não identifica anticorpos específicos contra a bactéria Treponema pallidum, causadora da doença.

VDRL é uma sigla para Venereal Disease Research Laboratory, que em tradução literal para o português significa “Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas”.

O VDRL é uma das principais análises utilizadas na triagem da sífilis, sendo indicado tanto para o diagnóstico inicial quanto para acompanhar o tratamento, além de fazer parte dos exames pré-natais das gestantes. Também é o teste mais recomendado para a detecção da neurossífilis, uma complicação que afeta o sistema nervoso central.

O exame de VDRL é realizado a partir da coleta de uma amostra de sangue ou, em casos específicos, da análise do líquor (líquido cefalorraquidiano).

O exame de VDRL pode ser solicitado em diversas situações, como:

• triagem de sífilis em exames de rotina;
• durante o pré-natal para prevenir a sífilis congênita;
• investigação de sintomas sugestivos de sífilis, como feridas genitais, ínguas (caroços) na virilha, manchas no corpo ou manifestações neurológicas;
• monitoramento da resposta ao tratamento da infecção;
• antes de procedimentos cirúrgicos ou doação de sangue.

O exame de VDRL é utilizado para a detecção da sífilis, mas seu resultado pode ser falso-positivo em pacientes com outras condições, como hanseníase, lúpus, mononucleose, artrite reumatoide, catapora e HIV. Por esse motivo, o diagnóstico precisa ser confirmado por exames mais específicos, indicados pelo médico.

Os resultados do VDRL normalmente são interpretados da seguinte forma:

• Positivo ou reagente: pode indicar que o paciente possui sífilis, embora haja casos de falsos-positivos, o que torna necessária a confirmação por exames mais específicos.
• Negativo ou não reagente: significa que o paciente nunca foi infectado pela bactéria causadora da sífilis ou que está curado da doença.

O exame de VDRL pode ser solicitado por diferentes especialistas, de acordo com o quadro clínico do paciente, incluindo clínicos gerais, infectologistas, ginecologistas e obstetras, urologistas, dermatologistas, neurologistas e cardiologistas.