O Dismorfismo Eritrocitário refere-se a alterações na forma das hemácias encontradas na urina. Hemácias com morfologia alterada (dismórficas) sugerem que o sangramento tem origem glomerular, ou seja, nos glomérulos renais. Já hemácias com morfologia normal (isomórficas) indicam uma origem não glomerular, como nas vias urinárias inferiores.

Antes de coletar a amostra, o paciente deve realizar a higienização de sua região íntima. O material deve permanecer em um frasco estéril e ser mantido refrigerado até a análise. Não se esqueça: a urina deve ser recente.

Este exame é fundamental para diferenciar a origem da hematúria (presença de sangue na urina):

• Hematúria glomerular: presença de hemácias dismórficas, indicando lesão nos glomérulos renais.
• Hematúria não glomerular: presença de hemácias isomórficas, sugerindo sangramento nas vias urinárias inferiores.

Essa distinção auxilia no diagnóstico de condições como glomerulonefrites, infecções urinárias, cálculos renais, entre outras.

Um resultado positivo indica a presença significativa de hemácias dismórficas na urina, sugerindo hematúria de origem glomerular. Esse achado pode estar associado a doenças como glomerulonefrites, nefropatia por IgA, entre outras patologias renais.

Um resultado negativo indica ausência ou baixa quantidade de hemácias dismórficas, sugerindo que o sangue na urina é de origem não glomerular. Isso pode estar relacionado a condições como infecções do trato urinário, cálculos renais ou traumas.

O valor de referência geralmente considerado é a ausência ou a presença da deformação nas hemácias.

O exame de Dismorfismo Eritrocitário não requer jejum. Mulheres devem evitar a coleta durante o período menstrual.