A ECA é uma enzima produzida principalmente no endotélio pulmonar, responsável pela conversão da angiotensina I em angiotensina II, um potente vasoconstritor, e pela degradação da bradicinina. No contexto laboratorial, o exame avalia sua concentração sérica ou atividade plasmática.

Embora não seja específico, é um teste útil no rastreamento e monitoramento de algumas doenças inflamatórias granulomatosas, especialmente a sarcoidose.

O exame é utilizado para:

• auxiliar no diagnóstico da sarcoidose, já que a doença pode causar aumento significativo da ECA sérica;
  
• monitorar a atividade da doença e a resposta ao tratamento em pacientes com sarcoidose;
  
• contribuir para o estudo de outras doenças granulomatosas, como tuberculose, lepra e histoplasmose, quando associado a outros exames;
  
• investigar alterações no sistema renina-angiotensina, com relevância em contextos de hipertensão e doenças renais, embora com menor aplicabilidade clínica neste campo.

É realizado por meio de coleta de sangue venoso periférico, geralmente sem necessidade de jejum. A amostra é encaminhada ao laboratório, onde são aplicadas metodologias de ensaio enzimático ou imunoensaios para dosar a concentração ou a atividade da ECA no soro.

É solicitado nas seguintes situações:

• suspeita clínica de sarcoidose, especialmente em pacientes com sintomas respiratórios, cutâneos ou oculares;
  
• monitoramento de pacientes já diagnosticados com sarcoidose, a fim de avaliar evolução da doença e resposta ao tratamento;
  
• avaliação complementar em casos de doenças granulomatosas infecciosas;
  
• investigação em pacientes com hipertensão arterial secundária a alterações do sistema renina-angiotensina (menos comum).

O exame pode indicar alterações relacionadas a:

• sarcoidose (principal indicação, com aumento significativo da ECA);
  
• doenças granulomatosas infecciosas, como tuberculose, hanseníase e histoplasmose;
• silicose e outras pneumoconioses;
  
• amiloidose e algumas doenças hepáticas;
  
• hipertensão renovascular ou secundária, em contextos específicos.

Os valores de referência variam conforme a metodologia e o laboratório, mas geralmente situam-se entre 8 e 52 U/L. Resultados acima desse intervalo podem sugerir sarcoidose ou outras doenças granulomatosas, enquanto valores reduzidos podem estar relacionados ao uso de inibidores da ECA ou a algumas doenças hepáticas.

É comumente solicitado por pneumologistas, reumatologistas, clínicos gerais e infectologistas, no contexto de investigação e acompanhamento de doenças inflamatórias ou infecciosas com formação de granulomas.

Pode ser realizado em laboratórios de análises clínicas de médio e grande porte, em centros especializados em diagnóstico de doenças respiratórias e imunológicas, bem como em hospitais de referência que dispõem de exames complementares para doenças granulomatosas.