O exame de pH – urina é uma análise que avalia o grau de acidez ou alcalinidade presente na urina.

O pH é uma medida que indica a concentração de íons de hidrogênio (H⁺), revelando se a urina está mais ácida ou mais alcalina. O rim é o órgão responsável por regular esse equilíbrio, eliminando substâncias ácidas ou básicas conforme a necessidade do organismo.

Essa avaliação fornece informações importantes sobre o estado metabólico, a função renal e a presença de infecções urinárias ou alterações relacionadas à formação de cálculos renais.

O exame de pH – urina é indicado para avaliar o equilíbrio ácido-base do organismo, que pode estar alterado em diversas condições clínicas. Ele ajuda no diagnóstico e no acompanhamento de infecções urinárias, pois algumas bactérias podem tornar a urina mais alcalina.

Também é útil na investigação e prevenção de cálculos renais, já que determinados tipos de pedras se formam com maior facilidade em ambientes ácidos ou alcalinos. Além disso, o exame pode ser usado para monitorar tratamentos que envolvem a modificação do pH urinário, como em pacientes com acidose tubular renal ou com uso de medicamentos que alteram a composição da urina.

A urina é coletada em um recipiente estéril, preferencialmente pela manhã. O ideal é desprezar o primeiro jato e recolher o jato médio da micção, o que reduz o risco de contaminações.

Após a coleta, o material é analisado no laboratório por meio de fitas reagentes ou equipamentos automáticos que determinam o pH com base em mudanças de cor. O processo é simples, rápido e indolor. Em geral, o volume necessário é pequeno e o resultado pode estar disponível em pouco tempo.

O pH normal da urina varia entre 5,4 e 6,5. Valores acima ou abaixo desses  podem indicar alterações. No entanto, apenas um médico especializado pode chegar a um diagnóstico, baseado tanto no resultado do exame quanto no histórico clínico do paciente.

O exame de pH – urina pode ser solicitado por diferentes especialidades médicas. Urologistas frequentemente utilizam esse exame na investigação de infecções urinárias e cálculo renal.

Nefrologistas também o utilizam no acompanhamento de pacientes com distúrbios ácido-base ou doenças renais crônicas. Clínicos gerais e médicos de família também podem requisitar o exame durante a avaliação inicial de sintomas urinários, como ardência, odor forte ou alterações na cor da urina.

Quando o pH da urina está elevado, ou seja, acima de 7,0, indica que a urina está alcalina. Essa condição pode ter diferentes causas. Uma das mais comuns é a infecção urinária por bactérias que produzem urease, como as do gênero Proteus, que aumentam a produção de amônia e elevam o pH.

Outro motivo frequente é a presença de cálculos renais do tipo estruvita, que se desenvolvem mais facilmente em ambiente alcalino. Além disso, o uso de substâncias alcalinizantes, como bicarbonato ou citrato, e dietas ricas em frutas e vegetais também podem elevar o pH urinário.

Vômitos prolongados ou distúrbios renais, como a acidose tubular renal, podem estar associados a um pH persistentemente alto. Apesar disso, um pH alto isolado não confirma nenhuma doença e deve ser interpretado em conjunto com outros exames e a avaliação clínica.